Japeri está entre as 10 cidades com maior taxa de mortes por intervenção policial no Brasil

Um dado preocupante coloca Japeri, na Baixada Fluminense, em destaque no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024: o município aparece e...

Um dado preocupante coloca Japeri, na Baixada Fluminense, em destaque no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024: o município aparece entre os dez com as maiores taxas de mortes decorrentes de intervenções policiais por cem mil habitantes.

De acordo com o levantamento, Japeri ficou em sétimo lugar, com uma taxa de 19,6 mortes por 100 mil habitantes. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), ao longo do ano de 2024, foram 703 mortes por ação de policiais – tanto em serviço quanto fora dele – registradas em todo o Estado do Rio. Vinte dessas mortes aconteceram em Japeri.

Bahia lidera ranking

O município com a maior taxa foi Santo Antônio de Jesus, na Bahia, com 30,2 mortes por 100 mil habitantes. O ranking revela uma realidade alarmante em diversas regiões do país, inclusive no Rio de Janeiro, que também aparece em outra lista preocupante.

 Outros municípios fluminenses também se destacam negativamente

Angra dos Reis e Nilópolis, também no Estado do Rio, aparecem entre os dez municípios brasileiros onde as mortes por intervenção policial representam mais da metade das mortes violentas intencionais (MVI).

Em Angra dos Reis, essa proporção foi de 55%.

Em Nilópolis, 53,8%.

Os três primeiros colocados desse ranking foram:

Itabaiana (SE) – 75,6%

Santos (SP) – 66,1%

São Vicente (SP) – 66,1%

 Violência no Estado do Rio

O Anuário mostra que, ao longo de 2024, foram registradas 3.809 mortes violentas intencionais em todo o estado. Essa categoria inclui homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e também as mortes por intervenção policial.

PMs mortos fora de serviço

Outro dado que chama atenção: o Estado do Rio teve o maior número de policiais militares mortos fora do serviço em 2024. Foram 41 PMs assassinados enquanto estavam de folga, o que representa 36,28% dos casos registrados no Brasil.

Esses policiais foram vítimas principalmente de assaltos, homicídios, latrocínios ou lesões corporais seguidas de morte. Apesar do número ainda ser alto, representa uma queda em relação a 2023, quando foram 45 casos no estado.